31/10/2008

Diário do Nordeste - Descoberta

Descoberta
(22-06-08)

Outro ator de ´Toma lá, dá cá´, Diogo Vilela acredita que Adriana se redescobriu na sátira. ´ Seu potencial estava adormecido. Acho até que ela está se descobrindo nesta área´, avalia ele. ´Adriana está vivendo um grande momento de sua carreira. Ela merece estar sendo coroada. É uma trabalhadora´.
A princípio, a atriz diz que seu encontro com o humor não deveria ser novidade para os telespectadores. Apesar de nos últimos trabalhos em TV ter vivido a heroína de ´A Lua me disse´ (de Falabella e Maria Carmem, em 2005) e a malvada Nazaré, na primeira fase de ´Senhora do destino´ (de Aguinaldo Silva, em 2004), ela acha que as pessoas já conhecem seu lado burlesco desde Catarina de ´O cravo e a rosa´ — trama de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira exibida há oito anos. Mas, quando pensa em Celinha, reconhece que a personagem tem um grande apelo.

´Esse humor rasgado que eu faço no ´Toma lá, dá cá´ pode ser surpresa para os outros, mas para mim não é ´, diz ela, que, em seguida, pondera: ´Mas, pensando melhor, lembro que outro dia, quando terminou a peça (em cartaz em São Paulo), que é trágica, vi uma pessoa aplaudindo, chorando e imitando aquele tique nervoso da Celinha´.

Diretora do programa, Cininha de Paula acredita que ´nem sempre por trás de uma grande atriz há uma grande comediante´. O que, para ela, não é o caso de Adriana: ´Ela já tinha mostrado isso em ´O cravo e a rosa´, mas, num programa semanal, ainda não. É interessante vê-la crescendo no humor´.

Aguinaldo Silva, com quem a atriz trabalhou em ´A indomada´, em 1997, não acha que o caminho de Adriana seja só o ´da comédia levíssima dos seriados.´ E mais: ele diz que se preocupa com o número de atores de peso que vem se dedicando apenas a um gênero. ´Como Fernanda Torres, Pedro Cardoso, Selton Mello, Luís Fernando Guimarães, Diogo Vilela... Sem falar na própria Adriana, que acabou de aportar na comédia´.

Para Walcyr Carrasco e Silvio de Abreu, no entanto, Adriana não precisa seguir um único caminho, podendo viver com segurança uma heroína romântica, uma bandida ou uma Celinha.


Fonte: Diário do Nordeste

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