02/01/2010

Dalva de Oliveira e Herivelto Martins são estrelas de microssérie


Um casamento que marcou a história da música popular brasileira. Uma relação intensa e verdadeira, que extrapolou os limites da vida a dois e a expôs à opinião pública. “Dalva e Herivelto, uma canção de amor”, microssérie em cinco capítulos, protagonizada por Adriana Esteves e Fábio Assunção, estreia na próxima segunda-feira, na Globo, trazendo à tona a trajetória de dois grandes artistas, extremamente passionais em tudo que faziam.

- É uma história de amor, um grande drama, um novelão que emocionou o país na época em que aconteceu. Essa foi, talvez, uma das mais ruidosas separações que o Brasil já conheceu – afirma a autora Maria Adelaide Amaral, ressaltando que trata-se de uma obra de ficção: - Não faço telejornalismo, mas teledramaturgia. Não tive o compromisso com a estrita realidade dos fatos, quis fazer o que me parecia mais emocionante aos olhos de quem vai assistir.

Retratada nas décadas de 1930 a 1970, a microssérie resgata a Era do Rádio, época em que a televisão praticamente não existia, sendo um artigo de luxo para poucos. Por isso, o rádio reinava absoluto junto à população, revelando seus grandes ídolos: cantores que enfeitiçavam multidões com suas vozes potentes e músicas de letras quase ingênuas, mas de grande força dramática. Caso de Marlene (na trama, vivida por Rita Elmôr), Emilinha Borba (Soraya Ravenle), as irmãs Linda (Cláudia Netto) e Dircinha Batista (Luciana Fregolente), Francisco Alves (Fernando Eiras) e Orlando Silva (Édio Nunes). Nessa lista, é claro, entram Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas (Maurício Xavier), que juntos formaram o que se denominou Trio de Ouro, conjunto vocal de tremendo sucesso, que badalou nas rádios Mayrink Veiga e Nacional e, depois, no Cassino da Urca.

- É bonito acompanhar a evolução dos três, que moravam em cortiço e se tornaram ídolos, mas nem por isso perderam a simplicidade. Eles reuniam os amigos em casa e a própria Dalva ia para a cozinha preparar a macarronada – conta Fábio Assunção, que traçou um perfil de Herivelto Martins a partir de entrevistas que o compositor concedeu ao Museu da Imagem e do Som (MIS): - Esses vídeos foram valiosos para a construção do meu trabalho. Ele era carioca, um cara do samba e do morro, e eu, um paulista do trânsito... Complicado, não?

Um casamento que marcou a história da música popular brasileira. Uma relação intensa e verdadeira, que extrapolou os limites da vida a dois e a expôs à opinião pública. “Dalva e Herivelto, uma canção de amor”, microssérie em cinco capítulos, protagonizada por Adriana Esteves e Fábio Assunção, estreia na próxima segunda-feira, na Globo, trazendo à tona a trajetória de dois grandes artistas, extremamente passionais em tudo que faziam.

- É uma história de amor, um grande drama, um novelão que emocionou o país na época em que aconteceu. Essa foi, talvez, uma das mais ruidosas separações que o Brasil já conheceu – afirma a autora Maria Adelaide Amaral, ressaltando que trata-se de uma obra de ficção: - Não faço telejornalismo, mas teledramaturgia. Não tive o compromisso com a estrita realidade dos fatos, quis fazer o que me parecia mais emocionante aos olhos de quem vai assistir.

Retratada nas décadas de 1930 a 1970, a microssérie resgata a Era do Rádio, época em que a televisão praticamente não existia, sendo um artigo de luxo para poucos. Por isso, o rádio reinava absoluto junto à população, revelando seus grandes ídolos: cantores que enfeitiçavam multidões com suas vozes potentes e músicas de letras quase ingênuas, mas de grande força dramática. Caso de Marlene (na trama, vivida por Rita Elmôr), Emilinha Borba (Soraya Ravenle), as irmãs Linda (Cláudia Netto) e Dircinha Batista (Luciana Fregolente), Francisco Alves (Fernando Eiras) e Orlando Silva (Édio Nunes). Nessa lista, é claro, entram Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas (Maurício Xavier), que juntos formaram o que se denominou Trio de Ouro, conjunto vocal de tremendo sucesso, que badalou nas rádios Mayrink Veiga e Nacional e, depois, no Cassino da Urca.

- É bonito acompanhar a evolução dos três, que moravam em cortiço e se tornaram ídolos, mas nem por isso perderam a simplicidade. Eles reuniam os amigos em casa e a própria Dalva ia para a cozinha preparar a macarronada – conta Fábio Assunção, que traçou um perfil de Herivelto Martins a partir de entrevistas que o compositor concedeu ao Museu da Imagem e do Som (MIS): - Esses vídeos foram valiosos para a construção do meu trabalho. Ele era carioca, um cara do samba e do morro, e eu, um paulista do trânsito... Complicado, não?

Fisicamente, os atores tiveram que passar por algumas mudanças no visual para se aproximarem do casal de outrora: ela afinou as sobrancelhas, ganhou uma pintinha abaixo do olho direito, escureceu os cabelos e fez permanente, enquanto ele cultivou um bigodinho, usou próteses no pescoço e na barriga, fez duas entradas nos cabelos e também os encaracolou.

- Fiz o Herivelto dos 24 aos 60 anos, certas transformações eram necessárias. Nunca tive preocupação com a questão da vaidade, entro de cabeça no personagem – assume Fábio, de volta à TV após um período de afastamento para a recuperar-se da dependência de drogas.

Já Adriana, vaidosa como toda mulher que se preze, conta que o processo de caracterização lhe foi, de certa forma, agressivo: "Ficar completamente diferente do que eu costumava me ver no espelho e me aceitar daquela forma foi muito difícil. Mas essa dificuldade serviu para eu caminhar rumo a toda falta de vaidade necessária para a entrega a essa personagem tão incrível"

A microssérie tem início em 1972, com Dalva à beira da morte no hospital, esperando uma visita de seu grande amor, Herivelto, que está irredutível em não querer mais vê-la. Através das lembranças dele, é feita uma retrospectiva da história dos dois: o momento em que se conheceram e Herivelto a convidou para cantar com a então dupla Preto e Branco, formando o Trio de Ouro; a paixão; o primeiro filho, Pery; o casamento; o segundo filho, Billy; o sucesso musical; as traições; as brigas, com direito a tapas e arremesso de objetos; as trocas de acusações em público através de canções e artigos em jornal; a separação definitiva após 13 anos de união e o casamento de Herivelto com a aeromoça Lurdes (Maria Fernanda Cândido), que frutificou com três filhos e durou 44 anos, até a morte dela.

- Com Dalva, Herivelto ficou de 1936 a 1949; com Lurdes, de 1946 a 1990. Não saberia dizer qual foi o grande amor da vida dele. Herivelto teve um casamento artístico com Dalva, e em casa eles tinham essa coisa de pele, de paixão, de sexo, mas era um tumulto só, já que ele era muito mulherengo, um malandro sedutor. Já com Lurdes, ele encontrou a calma, a serenidade – explica Fábio Assunção.

Foram dois meses de pesquisas e preparação do elenco – Fábio Assunção e Adriana Esteves, por exemplo, tiveram aulas de canto, mas só a voz dele será aproveitada na obra – e mais dois meses e meio de gravações intensas em cenários montados no Projac e no Palácio Quitandinha, em Petrópolis, onde foi reconstruído o palco do Cassino da Urca e seus shows glamourosos, com a supervisão dos craques em musicais Charles Muller e Cláudio Botelho. Todo esse profundo mergulho num passado não tão distante já deixa saudades em quem viveu a experiência.:

- Talvez eu nunca tenha conhecido um artista tão sincero e tão lindamente grandioso em sua simplicidade quanto a Dalva. Essa oportunidade de ter me doado um pouco para ela não vai me deixar sair ilesa. Viver a vida dela foi uma grande contribuição na minha vida. Sempre acreditei que a missão do artista é transformar. Dalva transformou as pessoas à sua volta e me transformou também: me fez enxergar tudo de mais puro que eu tenho dentro de mim. Vai ser impossível me esquecer dela – declara uma emocionada Adriana Esteves.


Fonte: Extra
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2 comentários:

  1. Adriana parabés pelo seu trabalho ...
    Dalva lembra minha mãe cresci ouvindo todas elas e ela partiu ano passado em março recordei muito e mim apaixonei pela dalva e sua vida de dar amor a todos os que a cercavam.
    Mas uma vez você estar de parabéns
    abraços
    Rosemarry

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  2. Simplesmente Maravilhosa!!!!
    A minissérie foi muito emocionante, vc e Fábio são atores espetaculares.
    Felicidades e sucesso!!!!
    Bjs

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