24/03/2008

Marcos Palmeira e Adriana Esteves vivem Lampião e Maria Bonita no teatro

Em São Paulo, atores vão levar ao palco os momentos finais da vida do casal de cangaceiros mais famoso do Brasil


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Nesta segunda-feira, 24, Marcos Palmeira e Adriana Esteves participaram de coletiva de imprensa para apresentar a peça "Virgolino e Maria, Autos de Angicos", espetáculo que retrata os momentos finais de Lampião e Maria Bonita. Dirigida por Amir Haddad, a peça vai mostrar os minutos que antecederam a execução do casal de cangaceiros, na Grota do Angicos, no dia 28 de julho de 1938. O local fica a 650 metros das margens do Rio São Francisco no município de Poço Redondo, em Sergipe.



* EGO

A vida do temível cangaceiro Lampião e sua fiel companheira Maria Bonita ganhou uma interpretação pra lá de especial. Prestes a completar 70 anos da morte do casal, Marcos Palmeira e Adriana Esteves encararam a idéia de mostrar o lado humano e romântico dos personagens em "Virgolino e Maria, Auto de Angicos", peça que entra em cartaz em São Paulo no próximo dia 28, no Tucarena. "Não dá para ser só mito, todos temos momentos fisiológicos. A peça fala justamente sobre estes momentos, humanizando os personagens", explicou o diretor Amir Haddad na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 24.

"Mostramos o cotidiano deles, que o Lampião também tinha unha encravada e dor de dente", exemplificou Haddad, que procurou sair do estereótipo convencional ao retratar as últimas horas do casal, morto em 28 de julho de 1938, na Grota do Angicos, em Sergipe.

Retratar esta lendária história brasileira é um prazer para Adriana Esteves, que ficou satisfeita com a temporada da peça no Rio de Janeiro, no ano passado. "É um trabalho dificílimo. Fico muito orgulhosa quando acaba o espetáculo e as pessoas entendem toda a história destes personagens emblemáticos sem que a gente tenha se apegado a formas plásticas, físicas. É encantador", comentou. Adriana, inclusive, foi indicada ao prêmio Shell de Teatro na capital carioca. "A indicação do prêmio já foi uma comemoração, um aplauso no meio da temporada", comemorou a atriz.

Além do lado humano de Lampião e Maria Bonita, a peça tem a função de debater questões sociais que ainda são presentes no cotidiano brasileiro. "Falamos dos excluídos, com sua vaidade e justiça próprias, e de como lidamos com a violência - de uma forma cangaceira. A peça cai como uma luva para levantar estas questões", disse Marcos Palmeira.



* TERRA

A atriz Adriana Esteves, 38 anos, rebateu na última segunda-feira, durante conversa com jornalistas em São Paulo, as críticas feitas pela imprensa à sua atuação no espetáculo teatral Virgolino e Maria, Auto de Angicos, que estreou em outubro de 2007 no Rio e chega a São Paulo no próximo dia 28.

Na peça, dirigida por Amir Haddad, a Celinha da série global Toma Lá Da Cá interpreta Maria Bonita, mulher do cangaceiro Lampião - personagem de Marcos Palmeira - em um texto que procura mostrar uma faceta mais humanizada do célebre casal.

"Disseram que eu não tinha o tipo físico ideal para fazer a personagem, só que nossa montagem vai além da caracterização. A força dela está no argumento", disparou a atriz, indicada ao prêmio Shell pelo espetáculo.

Adriana, que é casada com o também ator Vladmir Brichta, divide seu tempo entre o teatro e as gravações do seriado no Rio, além de conciliar suas atividades com o papel de mãe.
"Não largo o telefone para acompanhar o que as crianças estão fazendo", diz, referindo-se aos filhos Agnes, Felipe e Vicente. "É sempre um desafio, mas não seria a atriz que sou sem eles", complementa.

Bem-humorada, a atriz mostrou disposição ao conversar com os jornalistas e não comentou o recente incidente com um fotógrafo no Rio, quando, segundo testemunhas, se aborreceu ao ser fotografada dando dinheiro para uma menor e supostamente tentou tomar o equipamento do profissional.

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