Uma viagem no tempo. Assim pode ser descrita a experiência de Adriana Esteves para viver Celi em “A vingativa do Méier”, episódio de “As cariocas” que vai ao ar nesta terça-feira, já que a atriz nasceu e foi criada no bairro da zona norte. Celi desconfia que o marido, Djalma (Ailton Graça), tem uma amante e decide devolver na mesma moeda. Madura, aos 40 anos, Adriana acha que não se deve julgar quem trai e ainda admite que já traiu e que já foi traída. e que acha que perdoar faz parte do amor. "No amor cabe tanta coisa, tudo é possível, nada pode ser julgado", declara. Confira todo o bate-papo:
Que tipo de mulher é a Celi?
Celi é uma professora primária, suburbana, moradora do Méier. Ser uma suburbuna do Méier é diferente de uma moradora dos outros bairros. A tijucana é diferente da menina do Grajaú, que é diferente da de Madureira. Cada uma tem o seu jeitinho. Eu sou uma suburbana do Méier. Então, conheço bem a mulher do Méier. Lembro que uns meninos da Barra estavam sempre na porta da minha escola para ver as meninas. Eles diziam que não viam aquele tipo de mulher, de família, mas sensual, em outro lugar.
Buscou inspiração em você mesma?
A referência que eu tenho é por conhecer as mulheres de lá, mas não me inspirei em mim. Ela é uma professora primária que gosta da vidinha que leva e eu sempre quis ganhar o mundo. Eu tive muito prazer de falar de uma mulher que eu conheço bem.
Quando saiu da zona norte? Ainda frequenta o bairro?
Aos com 19 anos me casei e fui morar na Barra da Tijuca. Até cinco anos atrás eu ainda votava lá, mas parei por causa da rotina com esse monte de filho. Minha avó querida, de 90 anos, mora no Méier mas vou muito pouco ver a vovó.
Qual a história de Celi?
Ela é perdidamente apaixonada pelo marido, o Djalma, que meu querido Ailton Graça faz.. Estamos repetindo a parceria do filme "Trair e coçar é só começar". O problema é que o Djalma já não a procura sexualmente e ela desconfia de traição. Ele faz próteses dentárias num quartinho da casa, à noite, mas Celi não pode entrar nem para fazer faxina. E ela vai devolver na mesma moeda.
Então, mesmo na dúvida, ela trai o Djalma?
Essa moeda é que é o segredo! Tem relação com o quartinho, é só o que posso falar
Você acha que é correto devolver na mesma moeda?
Eu acho que é todo mundo livre, que cada um pode fazer o que quiser. No amor cabe tanta coisa, tudo é possivel, nada pode ser julgado.
Perdoaria uma traição?
Perdoaria muito, acho que também mereceria ser perdoada. O importanre é que o amor se transforme a partir disso.
Já perdoou?
Eu já perdoei e já fui perdoada. Quem fala que não, ou nao viveu ou não teve oportunidade de perdoar. Você ter oportunidade de perdoar também é bonito e, você ser perdoado é lindo. Não é qualuqer pessoa que perdoa não, ainda mais se for homem.
Você completa 41 anos em dezembro. Se preocupa com a idade?
Eu tenhome cuidado mais por causa da saúde e acabei ficando mais vaidosa. Quando era mais jovem, eu lavava meu cabelo, botava um perfume e estava resolvido. Hoje em dia, tem creme especial, filtro solar, cuidados com o cabelo... Mas eu me sinto mais jovem do que me sentia há 20 anos. Idade nçao tem tanta importância.
Você e Vladimir têm três filhos (Felipe, de 10 anos, de seu casamento com Marco Ricca, Vicente, de 4, do casal, e a enteada Agnes, de 13). Todos moram com vocês? Pretendem aumentar a prole?
Os pintinhos moram todos comigo. Se eu gostaria de ter mais filhos? Isso não está descartado para daqui a alguns anos. Mas aí teremos que adotar!